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O senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL), filho do presidente Jair Bolsonaro, recebeu nesta sexta-feira (18) um apoio inesperado.
“Ele não pode ser investigado nem no Rio de Janeiro nem no Senado. A investigação no Senado só acontece em circunstâncias especialíssimas. Temos com relação a ele as melhores expectativas, de que é um moço que quer trabalhar, que quer fazer um bom mandato, que tem posições e defende-as. O que nós queremos é o melhor dele neste momento complexo da vida nacional. A expectativa que nós temos é a melhor possível”, disse à Folha o senador Renan Calheiros (MDB-AL).
O senador alagoano, que era alvo de críticas de Flávio até recentemente, prosseguiu afirmando que o senador eleito pelo Rio de Janeiro não perde tamanho ao se envolver cada vez mais nas investigações que apuram uma movimentação atípica na conta de Fabrício Queiroz, seu ex-assessor.
“Não acho que perde [estatura] porque não costumo prejulgar ninguém. Nunca prejulguei ninguém nem aceitei ser prejulgado”, afirmou Renan, defendendo a decisão do ministro Luiz Fux, vice-presidente do STF.
“É preciso acabar com este clima policialesco”, disse Renan, que já foi tratado por Flávio Bolsonaro como “uma pessoa que certamente não representa isso, essa nova forma de fazer política”, em entrevista em 4 de dezembro de 2018.
Renan é conhecido por não dar declarações que não sejam milimetricamente calculadas. A defesa de Flávio é mais um aceno ao governo em busca de fortalecer sua candidatura à presidência do Senado, disputa que acontece em 1º de fevereiro.