No debate da Rede Globo nesta última quinta-feira (29), os candidatos Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Padre Kelmon (PTB) trocaram farpas e bateram boca com os microfones desligados.
Apesar de ser motivo de piada nas redes sociais, a cena pode ser prejudicial para o petista, que tem dificuldade de crescer entre o eleitorado do segmento religioso.
Em sua fala, Kelmon citou que Geraldo Alckmin (PSB), hoje vice na chapa de Lula, afirmou que o ex-presidente queria “voltar à cena do crime”. A fala foi proferida em 2017, quando os dois ainda eram adversários. “Você era chefe do esquema?”, perguntou.
“Primeiro, eu acho que o candidato está desinformado ou só lê o que quer”, respondeu Lula. “As notícias estão aí nas mídias”, rebateu o padre.
O mediador do debate, William Bonner, pediu para o candidato do PTB respeitar o tempo de fala do candidato do PT.
“Candidato laranja não tem respeito por regra”, provocou Lula, que logo em seguida passou a desqualificar as acusações da Lava Jato, força-tarefa que o levou à cadeia por corrupção em 2018.
Enquanto isso, Kelmon também falava ao mesmo tempo. “O senhor é responsável pela corrupção no Brasil, todos nós sabemos”, disse ele.
O candidato do PTB também afirmou que o petista era um “descondenado”, no sentido de que Lula não foi absolvido nos processos por ser julgado inocente, mas liberado por questões técnicas processuais.
Ao tomar a palavra, o petista chamou o adversário é um “padre fantasiado”, “fariseu” e “farsante”, dizendo que “o povo brasileiro está cansado de gente da sua espécie”.