Obviamente que este artigo tem como objetivo falar de um projeto que nunca foi iniciado: o trem-bala brasileiro.
Como boa parte do Brasil sabe, o sucesso econômico do Brasil se deu pela alta dos commodities no início do século XXI. E como boa parte da Balança Comercial brasileira é movida pelos produtos de baixo valor agregado, a economia nacional cresceu como em poucos momentos da história na história nacional.
Neste período, o então Governo Federal apresentou diversos projetos de infraestrutura na ideia de amenizar a demanda, visto que o Brasil sendo um país de dimensões continentais ainda tinha um setor de transportes bem precário.
Um dos projetos apresentados foi o Trem de Alta Velocidade (TAV). Talvez o mais ousado dos projetos.
Juntamente com o projeto apresentado, foi criado uma estatal federal chamada Empresa de Planejamento e Logística.
O projeto principal tinha como objetivo ligar o Rio de Janeiro até Campinas – passando pela capital paulista.
A ideia do TAV era ligar dois dos maiores aeroportos do Brasil: Guarulhos e Galeão. A integração desses aeroportos, juntamente com o Aeroporto de Campinas (Viracopos), para as Olimpíadas de 2016.
Algumas das empresas interessadas foram: Siemens, Transrapid, Odebrecht, Samsung, Hyundai, China Raiway Materials e Andrade Gutierrez.
As paradas do TAV eram: Estação Barão da Mauá (RJ); Galeão, Barra Mansa, Resende, Aparecida, São José dos Campos, Aeroporto de Guarulhos, Campo de Marte (SP), Jundiaí, Viracopos e Terminal Ramos Azevedo (Campinas).
No entanto, na fase do leilão do TAV, o Brasil sofreu uma das maiores derrotas (talvez a maior) do setor de transportes no Brasil. Depois de três tentativas de realizar o leilão, o TAV foi adiado por falta de interesse dos investidores. O projeto total girava em torno de R$ 20 bilhões de reais, valor na época. Hoje o projeto estaria em todo de R$ 55 Bilhões.
No ano de 2019, o então presidente do BNDES, Joaquim Levy, apresentou uma nova proposta de um TAV para a Região Sudeste, mas a ideia não agradou diversas áreas do governo federal devido ao alto custo do projeto e o aumento da divida pública.
Absolutamente nada da obra veio a ser executada e o projeto serviu apenas para angariar dinheiro público, além da criação de mais uma estatal.