Haley reconheceu as preocupações regionais e disse: “Todos sabemos que nosso trabalho na Síria não está concluído”.
WASHINGTON – Dissuadir o entrincheiramento do Irã na Síria é uma das três principais prioridades do presidente dos EUA, Donald Trump, orientando sua elaboração de políticas sobre onde estacionar tropas no país devastado pela guerra e por quanto tempo, afirmou o enviado norte-americano à ONU Nikki Haley.
Sua declaração vem em meio a relatos de desintendimentos entre o governo Trump e o governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu sobre o papel dos EUA em fornecer um amortecedor entre as tropas iranianas e a fronteira de Israel. Trump, nas últimas semanas, prometeu retirar as tropas dos EUA da Síria, alertando em Jerusalém que a luta de Israel contra o Irã seria travada sozinha.
Em entrevistas a um talk show nesta manhã de domingo, Haley elogiou o sucesso de um ataque conjunto conduzido por forças norte-americanas, francesas e britânicas no fim de semana que tentou punir o presidente sírio Bashar Assad por seu uso de cloro e gás sarin contra civis na cidade de Douma em 7 de abril.
Ela disse que a greve foi motivada pelo compromisso do presidente de impedir a normalização do uso de armas químicas, chamando-a de prioridade máxima de sua administração.
Uma segunda prioridade, disse Haley, foi a completa derrota das forças do Estado Islâmico que já detiveram território na Síria.
“Então, em terceiro lugar, queremos garantir que a influência do Irã não assuma a área”, disse ela na CBS’s Face the Nation. “Eles continuam a causar problemas em toda a região e queremos ter certeza de que existe um bloqueio”.
O ataque dos aliados à infra-estrutura de armas químicas de Assad definiu o programa de volta “anos”, disse Haley. O embaixador descartou as conversações diretas dos EUA com Assad sobre o fim do conflito por causa de sua “brutalidade” em atacar inocentes durante o curso da guerra.