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Carnaval é o meu ovo

Por Conexão Política
12/02/18 | 11:45

Senhoras e senhores, perdoem a chula expressão no título deste texto, mas não poderia ser diferente. Quem leria um texto sobre Carnaval sem que o título chocasse? Além do mais, o título está bem no clima carnavalesco que podemos ver ultimamente. Da janela de meu quarto pude ouvir coisas do tipo: ‘eu vou sentar e vou quicar e vou descendo de uma vez’; ‘vai mexendo o bumbum, vai mexendo o bumbum’; ‘o teu bumbum tem imã e quando tu rebola eu colo atrás’; ouvi vários assassinatos à língua portuguesa — ‘essas mina tá’ — e várias outras frases sodômicas — que não vale a pena citar — ao estilo pour épater la bourgeoisie [1]. Dito isto, vemos que dizer um simples “meu ovo” não é nada de mais.

Que o mundo e aqueles que nele habitam andam decadentes não é novidade nenhuma, e o fato já foi tema para muitos filósofos, teólogos e poetas ao longo dos séculos. Mas creio que, de uns tempos para cá — talvez depois da revolução francesa — haja um excessivo elogio à decadência nas esferas culturais e intelectuais, inclusive, por parte das categorias citadas acima.

Consumir boa arte tornou-se coisa de ‘coxinha’, ‘burguês’, ‘arrogante’, ‘excêntrico’, e todos os rótulos com sentidos negativos que se pode dar. Não se pode negar que em tempos de outrora a alta cultura não era acessível para todos. Mas com o advento da internet, qualquer um pode ouvir Sibelius, Bach, Chopin; ou mesmo visitar museus virtualmente e contemplar obras esplendorosas. Com uma simples pesquisa pode-se ler clássicos da literatura em qualquer smartphone. Homero e Dante não estão tão longe de nós.

Mas e quando se começa a fazer propaganda ruim da boa arte nos meios culturais e intelectuais? Desde a primeira infância crianças já aprendem que arte barroca é muita chata, e que se pode aprender muito consumindo Romero Britto e Anitta. A verdade é que criou-se uma cultura de pavor à inteligência e virtudes. Convenhamos, leitor, se tu sabes que tem uma inteligência e conhecimento acima da média, sabes como as pessoas olham torto quando você tenta explicar alguma coisa que elas não estão a perceber. Elas não te fazem sentir-se um chato de galochas? Elas não gostam de conhecimento. As pessoas, sobretudo os brasileiros médios, odeiam gente inteligente e virtuosa.

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Disse Platão em A República: “Não há mudanças na estética da música e da poesia sem mudanças nas leis mais importantes da cidade.” Como anda nossa música e arte? Como anda nossa política? Como andam nossas leis? Como anda a cabeça dos universitários? . . . Acalme-se, caro leitor, não se angustie tanto. Nossa cultura e inteligência não caiu; não… ela está caindo ainda. Mas quem liga? Não é mesmo!?

E lá vão as pessoas… colocam suas roupas mais curtas e vulgares, depois de terem passado o dia inteiro como se estivessem num estado de cio animal; planejam encher a cara e beijar muito na boca de estranhos. E em seguida, é claro, para saciar os desejos já plantados durante o dia, fazem de tudo para terminar a noite com sexo casual-bestial. Tiram algumas fotos, e contam para os amigos com quantas pessoas ficaram, sem mesmo lembrar os nomes destas. E dale pão e circo pra essa gente.

Em alguns dias, é possível que algumas pessoas fiquem resfriadas — ou peguem uma DST — e precisem de atendimento da saúde pública, que não terá um comprimidinho ou injeçãozinha que seja para aliviar os sintomas. Logo sairão reclamando que o serviço não presta e que não se encontra nada que precise… mas é certo que essas pessoas esqueceram que no maior trio elétrico da noite mais quente do carnaval tinha o logotipo da prefeitura, logo abaixo da palavra “APOIO”.

A verba que veio do governo a fim de adquirir mantimentos para a saúde pública da cidade foi usada para financiar “batuqueiros” e fazer o bumbum do povo remexer. Aqueles que ficaram em casa por não gostarem de carnaval raramente saberão que a festa é, em muitas vezes, financiada com dinheiro público. Afinal, todo o tempo o povo paga por “serviços” que não usam, ou que não prestam. Carnaval é apenas mais um dos anestésicos mentais que temos que pagar forçadamente.

Alguns podem falar: “Ain, mas carnaval fomenta a economia!”. O típico argumento de liberalóides que torcem pela legalização do aborto — assassinato de crianças — e de drogas para fomentar a economia. Pessoas que acham que vender e girar o capital é o que importa para a nação, sem preocuparem-se com a moral, com a dignidade, com a saúde mental de todo um povo.

Governo nenhum deveria financiar festas como o carnaval. Talvez em cidades como o Rio de Janeiro, Olinda e Salvador, muitas pessoas sejam atraídas pelo tradicional carnaval, e a economia seja fomentada pela quantidade de turistas que essas cidades recebem. Mas e daí? 1) São vários dias sem produção nenhuma em vários ramos do mercado, quem nunca ouviu a frase: ‘o Brasil só funciona depois do carnaval’? 2) Pessoas tornam-se como animais, bestas, como um ser sem filtro ético-moral [2] que até mija nas calçadas, 3) Acidentes, 4) Violência, 5) DSTs; etc e etc.

Tendo a pensar que pessoas com mais de 20 anos que pulam carnaval são completos imbecis. Sei que alguns se ofenderão com essa frase. Se você se ofendeu… já sabe o que penso de ti. Se não se ofendeu: continue a ler.

Se tem algo de belo no carnaval, creio que seja apenas a lágrima de tinta do Pierrot, e nada mais.

Texto de Anderson C. Sandes 

Notas:

[1] Termo francês: para impressionar a burguesia.

[2] Adultério, exploração sexual, estupros, uso de drogas, sexo sem compromisso, etc.

Tags: BrasilCarnaval

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