A Polícia Federal (PF) identificou que uma organização criminosa internacional usa o Brasil como local de passagem para traficar imigrantes. A Operação Vuelta, deflagrada nesta sexta-feira (23), prendeu um brasileiro apontado como integrante da organização.
A investigação mostrou que os imigrantes eram recrutados na República Dominicana e trazidos para o Brasil. Em território brasileiro, os estrangeiros recebiam passaportes falsos e embarcavam novamente no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos (SP). Com documentos falsos, os estrangeiros seguiam para a Colômbia e Espanha, com promessas de emprego e melhora de condições de vida.
nIiciada em fevereiro deste ano, a investigação resultou no cumprimento de dois mandados de busca e apreensão em Guarulhos (SP). Em uma das casas onde foi cumprido um mandado, os agentes encontradas outros 13 estrangeiros que estariam utilizando o Brasil como rota para imigração ilegal, segundo a PF.
“Maioria das pessoas estão em situação de vulnerabilidades econômica, elas entram pela vantagem de imigrar com ofertas de emprego e se inserem nessas organizações”, disse o delegado regional de Polícia Judiciária, Dennis Calli.
Duas vítimas do contrabando de pessoas foram encontradas em um voo que partiu da República Dominicana e chegou ao Brasil durante esta madrugada. Uma delas já usava documentos falsos e, por isso, responderá à Justiça.
Os estrangeiros pagavam em média 5 mil dólares aos criminoso pela passagem no Brasil até chegar em seu destino final. Os imigrantes devem ser deportados nos próximos dias.
Desde o começo da investigação, 8 estrangeiros já foram identificados por usar passaportes falsos. A facilidade dos voos direto para a Espanha coloca o Brasil como lugar ideal para atuação dos criminosos, segundo o delegado.