Depois de ser exonerado do cargo de assessor de gabinete da Secretaria Judiciária da Secretaria-Geral da Presidência do TSE, Alexandre Gomes Machado procurou a sede da Polícia Federal (PF) em Brasília para prestar depoimento nesta quarta-feira (26).
Conforme noticiado por este jornal digital, ele cuidava do pool de emissoras e rádios. O setor é responsável pela coordenação dos veículos que transmitem a propaganda eleitoral em rádio e TV.
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PARTICIPE DO CANALMachado afirma ter sido demitido trinta minutos depois de ter enviado um e-mail para a chefe de gabinete do secretário-geral da Presidência do TSE alertando que uma rádio teria deixado de veicular as inserções do candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL).
Segundo o servidor, não foi informado o motivo da exoneração. Por isso, ele decidiu comparecer à PF por ter se sentido vítima de abuso de autoridade e por temer por sua integridade física.
No documento, ele diz que “acredita que a razão da exoneração seja pelo fato de que desde o ano de 2018 tenha informado reiteradamente ao TSE de que existem falhas de fiscalização e acompanhamento na veiculação de inserções da propaganda eleitoral gratuita”.
Ainda à PF, Machado declarou que, “especificamente na data de hoje, na condição de coordenador do pool de emissoras do TSE, recebeu um e-mail emitido pela emissora de rádio JM On Line na qual a rádio admitiu que, dos dias 7 a 10 de outubro, havia deixado de repassar em sua programação 100 inserções da Coligação Pelo Bem do Brasil, referente ao candidato Jair Bolsonaro.”
Em seu depoimento, o servidor afirma ter comunicado o “fato para Ludmila Boldo Maluf, chefe de gabinete do secretário-geral da Presidência do TSE, por meio de e-mail; que cerca de trinta minutos após esta comunicação foi informado, pelo seu chefe imediato, de que estava sendo exonerado.”