Inaugurada em 2015, a fábrica da montadora chinesa Caoa Cherry em Jacareí (SP) fechará as portas este ano. O anúncio foi feito pela empresa ao Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região, na quinta-feira (5), e deve afetar cerca de 480 trabalhadores.
Em nota, a companhia declarou que está atenta às demandas globais em relação à mobilidade sustentável e assume o compromisso com o Brasil e seus consumidores de eletrificar todos os modelos de seu portfólio até o final de 2023.
Com isso, segundo a Caoa, foi preciso um redirecionamento para dar início a um grande processo de remodelação da sua unidade fabril localizada no interior paulista.
“Esta é a primeira vez que a fábrica, inaugurada em 2015, passará por uma atualização desse porte. Localizada em um ponto estratégico de São Paulo, com fácil acesso às principais rodovias do país, a unidade fabril passará por mudanças para adequação dos processos produtivos que permitirão a introdução de novos produtos concebidos a partir de plataformas de última geração, equipados com propulsores híbridos ou 100% elétricos”, diz o texto.
A adaptação da unidade em Jacareí terá como parâmetro os processos produtivos já adotados na fábrica da Caoa Montadora, localizada em Anápolis (GO).
“Para que as mudanças ocorram de forma efetiva, a Caoa Chery informa a parada temporária da unidade fabril de Jacareí (SP). A suspensão das atividades tem como objetivo ajustar os processos produtivos da planta para novos modelos com tecnologias híbridas e elétricas, visando a modernização e atualização das linhas de produção”, acrescenta o comunicado.
Com relação à situação dos colaboradores, a montadora disse que segue em negociação com os representantes do Sindicato dos Metalúrgicos a fim de definir um pacote de indenização suplementar, “além do regular pagamento das verbas rescisórias legais, seguindo o seu compromisso de respeito aos trabalhadores”.
Todos os 370 metalúrgicos serão afetados com a decisão. O setor administrativo, que conta com 230 funcionários, também será impactado pela metade. O restante do efetivo deve ser remanejado para outras unidades.