Valorizar e dar prioridade aos motoristas é um desafio central para Dara Khosrowshahi, o CEO da Uber. Ele afirma reconhecer o papel crucial que os profissionais desempenharam durante o período da pandemia, contribuindo significativamente para o serviço de transporte compartilhado.
Em uma conferência em Bengaluru, Índia, na semana passada, o magnata destacou como colocar os motoristas em primeiro lugar ajudou a Uber a enfrentar tempos difíceis, nos quais a demanda por viagens e as receitas caíram consideravelmente. Ele, admitiu que, antes da pandemia, a empresa tendia a subestimar a importância dos motoristas, focando predominantemente nas necessidades dos consumidores e adotando a seguinte mentalidade: “o cliente sempre tem razão”.
Receba notícias do Conexão Política em tempo real no seu WhatsApp
Receba notícias do Conexão Política em tempo real no seu WhatsApp
PARTICIPE DO CANALPorém, segundo ele, a crise da Covid-19 forçou a Uber a repensar sua abordagem em relação à experiência dos motoristas, com um novo foco em integração e atendimento às suas necessidades. Khosrowshahi salientou que hoje os motoristas veem a Uber como uma plataforma confiável que os ouve e trata de forma justa. No entanto, ele reconhece que, dada a natureza desse trabalho, é essencial reconquistar essa confiança diariamente.
Embora Khosrowshahi tenha destacado repetidamente a importância dos motoristas, muitos deles expressaram insatisfação. Usuários nos EUA relatam uma crescente competição e uma diminuição nos ganhos, tornando cada vez mais desafiador sustentar-se como trabalhadores autônomos. No Brasil, tem sido comum ouvir reclamações nesse mesmo sentido.
Recentemente, durante o Dia dos Namorados nos EUA, alguns motoristas da Uber protestaram contra as tarifas variáveis que consideram insustentáveis, pedindo a implementação de tarifas mínimas, como já ocorre em cidades como Nova York, Seattle e Califórnia. Essas propostas estão sendo consideradas em outras cidades, como Minneapolis, Chicago e Massachusetts.