Punido pela CGU, indicado para Cultura não pode assumir cargos públicos

O arquiteto e ex-presidente da Fundação Palmares, Edvaldo Mendes Araújo, conhecido como Zulu Araújo, teve o seu nome anunciado pelo Ministério da Cultura como secretário de Cidadania e Diversidade Cultural.

O anúncio foi feito pelas redes sociais da pasta do governo federal, mas logo em seguida a postagem foi excluída. Em tese, ele não pode assumir o cargo em razão de uma punição por improbidade administrativa imposta pela Controladoria-Geral da União (CGU).

A ação contra ele foi movida em 2013 pela CGU por conta de sua gestão como presidente da Fundação Palmares entre os anos de 2007 e 2010. Em setembro de 2015, o órgão aplicou a sanção por improbidade administrativa, proibindo-o de assumir novos cargos na esfera pública.

Em nota ao Poder360, o ministério informou que a indicação dele para o cargo de secretário “foi submetida às instâncias regulatórias para a ocupação de cargo público no governo” e que, por ora, Zulu Araújo “não exerce nenhum cargo no Ministério da Cultura”.

No domingo (12), ele publicou uma nota de esclarecimento nas redes sociais em que afirma que “já encaminhou todas as informações pertinentes ao caso solicitando a revisão e arquivamento do mesmo” e citou uma decisão do Tribunal de Contas da União (TCU) que julgou regulares as contas da Palmares durante sua gestão.

“Quanto à indicação para o cargo de secretário nacional de Cidadania e Diversidade Cultural, a nomeação está sob a análise dos órgãos competentes, aguardando decisão, assim como todos os demais”, disse ele. “A luta continua…”, escreveu Zulu Araújo na legenda do post.

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