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O Brasil perdeu o fôlego, deixou de ser o emergente preparado para sair da renda média, e foi ultrapassado por diversos países em rankings de renda per capita.
Os dados do PIB per capita, com paridade do poder de compra (PPC), mostram essa queda – que ficou mais acentuada a partir de 2014, quando já estávamos na pior recessão da história brasileira. No relatório do Banco Mundial, o Brasil caiu seis posições no período, mas a variação da renda per capita foi de 9,1% até 2016. O resultado pífio fez com que ‘potências’ mundiais como a República Dominicana e a Costa Rica, que tinham indicadores bem inferiores antes dessa crise, ultrapassassem o Brasil nessa lista.
Os dados do FMI apontam uma redução da renda per capita de 5% entre 2014 e 2017 e a queda de oito posições no ranking. Aqui, o Brasil foi ultrapassado por países como o Suriname, a Sérvia e o Turcomenistão.
Além de todos os problemas econômicos enfrentados pelo Brasil – sejam reflexos de crises internacionais ou de péssima gestão pública –, o país ainda sofre pela falta de competitividade.
Esse resultado indica que a turbulência política, com a sucessão de escândalos que vem ocorrendo nos últimos anos, afeta a vida de todos os brasileiros.
No campo da economia, o excesso de impostos e encargos sociais é apontado como entrave para a ampliação dos postos de trabalho e investimentos.
Além disso, o Brasil é extremamente protecionista em relação ao comércio. E o resultado vem em forma de baixa produtividade, aliada à falta de inovação da indústria nacional. Os investimentos, que diminuíram ao longo da crise, acabam exigindo incentivos do próprio governo, mas nem sempre há como mensurar os resultados. Um caso é o das renúncias fiscais bilionárias para o setor automobilístico: em 12 anos, as montadoras levaram R$ 28 bilhões em renúncias.
Enquanto o descontrole seguir, o Brasil continuará a perder espaço e dinheiro para países com menos potencial.