O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, pediu “sinceras desculpas” nesta última quarta-feira (12) por participar de uma festa na residência oficial durante o primeiro lockdown no país.
O mandatário admitiu que esteve em um evento em Downing Street em 20 de maio de 2020, quando as reuniões sociais estavam proibidas por ordem do Estado.
“Sei a raiva que eles sentem de mim em relação ao governo que lidero, quando pensam que em Downing Street as regras não estão sendo seguidas adequadamente pelas pessoas que as fazem”, declarou Johnson ao Parlamento.
O premiê, que obteve vitória esmagadora nas eleições de 2019 com a promessa de garantir a saída da União Europeia, afirmou que se arrependeu e pensou que a reunião era evento de trabalho.
“Entrei naquele jardim logo depois das 18h do dia 20 de maio de 2020 para agradecer a grupos de funcionários antes de voltar ao meu escritório, 25 minutos depois, para continuar trabalhando. Pensando bem, eu deveria ter mandado todos de volta para dentro”, acrescentou.
O líder da oposição trabalhista, Keir Starmer, argumentou que ele agora deve renunciar ao cargo e que o público o considera mentiroso. “A festa acabou, primeiro-ministro”, provocou.
A indignação com a festa cresceu desde a notícia, dada pela ITV News, de que Johnson e sua esposa Carrie se reuniram com cerca de 40 membros da equipe, após o secretário particular Martin Reynolds enviar convite por e-mail pedindo aos participantes que trouxessem “sua própria bebida”.
Diversas pessoas, incluindo alguns parlamentares, lembraram o fato de não poder estar ao lado de familiares e amigos antes de suas mortes em maio de 2020, em contraste com os eventos em Downing Street.