ISOLAMENTO DIPLOMÁTICO

China diz estar pronta para ‘pacto’ com Brasil e defende ‘reciprocidade’ em resposta aos EUA

Ditadura comunista externa interesse em sustentar parceria com Brasil e defende sistema multilateral da OMC.

Foto: Ricardo Stuckert/PR
Foto: Ricardo Stuckert/PR

Ditadura comunista da China se manifestou nesta segunda-feira (28) contra a aplicação de uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros anunciada pelos Estados Unidos, prevista para entrar em vigor nesta sexta-feira (1º).

Em resposta à imprensa internacional, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Guo Jiakun, sinalizou uma espécie de ‘pacto’ e afirmou que o país asiático está disposto a “trabalhar junto com os países da América Latina e do Brics, incluindo o Brasil, para defender o sistema multilateral de comércio centrado na OMC e proteger a justiça e a equidade internacional”.

Questionado sobre a possibilidade de a China ampliar a abertura de seu mercado para absorver produtos brasileiros hoje destinados aos EUA — como os aviões da Embraer —, Guo mencionou que “a China valoriza a cooperação pragmática com o Brasil na área de aviação e outros campos” e que pretende promovê-la com base nos “princípios de mercado”.

O tom adotado pelo porta-voz chinês também foi moderado ao comentar as próprias tratativas entre Pequim e Washington, que estão em andamento até esta terça-feira (29), em Estocolmo, na Suécia. Segundo ele, a China busca “aprimorar o consenso e reduzir mal-entendidos” com os EUA, baseando-se na “igualdade, respeito e reciprocidade”.

Quando indagado sobre um possível acordo semelhante ao firmado entre os EUA e a União Europeia, Guo disse apenas que “a China sempre defendeu que todas as partes resolvam suas diferenças econômicas e comerciais por meio de diálogo e consulta em condições de igualdade”.

Boa parte da entrevista coletiva desta segunda-feira no Ministério das Relações Exteriores chinês foi tomada por pontos comerciais. O porta-voz foi cauteloso ao comentar sobre a possível suspensão de restrições de exportação por parte da China, como sinal para viabilizar um eventual acordo com os americanos na Suécia. “Sempre tivemos esperança de que os EUA e a China trabalhem juntos para implementar o importante consenso alcançado durante a ligação entre os dois chefes de Estado”, afirmou, em referência à conversa entre Xi Jinping e Donald Trump no início de junho.