A China garante que “continuará a fortalecer a coordenação estratégica” com a Rússia, independentemente de como o “cenário internacional possa mudar”. É o que afirma um comunicado oficial divulgado pelo Ministério das Relações Exteriores nesta terça-feira (19).
O vice-ministro das Relações Exteriores do país comunista, Le Yucheng, expressou esse posicionamento ao embaixador russo na China, Andrey Denisov, durante uma reunião na última segunda-feira (18).
“Não importa como o cenário internacional possa mudar, a China continuará a fortalecer a coordenação estratégica com a Rússia para alcançar uma cooperação ganha-ganha, salvaguardar conjuntamente nossos interesses comuns e promover a construção de um novo tipo de relações internacionais e uma comunidade com um futuro compartilhado para humanidade”, diz a nota.
Ao reforçar o apoio ao regime comandado por Vladimir Putin, Le citou um aumento de quase 30% no comércio entre os dois países durante o primeiro trimestre de 2022, totalizando US$ 38,2 bilhões em movimentações.
No início da invasão russa no território ucraniano, em 24 de fevereiro, os aliados divulgaram um memorando conjunto em que proclamavam que suas relações bilaterais “não tinham limites”.
No entanto, desde que o conflito tomou grandes proporções, Pequim vem se distanciando discretamente da economia de Moscou, que foi duramente atingida por sanções do Ocidente. A China defende que as restrições são uma maneira ineficaz de resolver a crise.