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Relatório indica que China pode estar expandindo suas capacidades nucleares

Por Marcos Rocha
29/07/21 | 07:14
Ben Smith | Flickr

Ben Smith | Flickr

O Partido Comunista Chinês está construindo um segundo campo de silos destinado ao lançamento de mísseis nucleares, de acordo com imagens de satélite divulgadas na segunda-feira (26).

Por meio de um relatório veiculado pela Federation American Scientists (FAS), constatou-se que a base, localizada na região leste de Xinjiang, pode ter cerca de 110 silos, ou seja, instalações subterrâneas que servem para armazenamento e envio da arma.

Há pouco menos de 30 dias a organização James Martin Center for Nonproliferation Studies (CNS) anunciou que existia indícios de que o regime estaria desenvolvendo uma outra base com 120 instalações perto da cidade de Yumen, na província de Gansu.

Pesquisadores da FAS, no entanto, alertaram que o campo descoberto nesta semana “está em estágio de desenvolvimento muito avançado” em comparação ao primeiro.

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O documento aponta ainda que a construção da base na região de Xinjiang teve início em março deste ano. Desde então, pelo menos 14 silos receberam escudos em formato de cúpula.

As imagens divulgadas mostram que o solo já foi preparado para o desenvolvimento de outras 19 instalações.

“O ritmo [das obras] continua acelerado”, declararam os cientistas Matt Korda e Hans Kristensen.

Juntas, as duas bases de mísseis constituem “a expansão mais significativa do arsenal nuclear chinês de todos os tempos”, segundo o relatório.

No texto, os cientistas afirmam que a quantidade de novos silos pertencentes ao regime chinês é maior que o número de ICBMs (mísseis balísticos intercontinentais de combustível líquido) operados pela Rússia e representam mais da metade dos ICBMs norte-americanos.

“O programa de campos de silos da China é a construção mais extensa desde o desenvolvimento de bases de mísseis dos Estados Unidos e da União Soviética durante a Guerra Fria”.

A íntegra do documento (em inglês) pode ser lida neste link.

Tags: ChinaDestaqueRegime chinês

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