Com milhares de mortos e refugiados, guerra na Ucrânia completa 1 ano

Há um ano, a Rússia disparava os primeiros mísseis em direção à Ucrânia e invadia o seu território, num movimento que já causou a pior guerra da história recente do continente europeu. Para muitos especialistas, trata-se do maior conflito na Europa desde o fim da Segunda Guerra Mundial.

Até aqui, dados oficiais apontam para pelo menos 210 mil mortos, sendo 30 mil civis. Apesar de inúmeras perdas humanas, militares e econômicas, o conflito parece estar longe do fim, ao menos para o presidente russo Vladimir Putin, que tem dito que pretende seguir com os ataques ao país vizinho.

A guerra no leste europeu também provocou uma cizânia entre a Rússia e o Ocidente. O Kremlin tem dito reiteradamente que a culpa da “operação militar especial” é exclusiva dos países ocidentais, sobretudo por suas aspirações com a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN).

“O povo da Ucrânia se tornou refém do regime em Kiev e seus senhores ocidentais, que ocuparam o país no sentido político, militar e econômico”, disse Putin em seu tradicional discurso sobre o estado da nação. “As elites ocidentais estão tentando esconder seus objetivos de infligir uma derrota estratégica à Rússia. Eles pretendem transformar o conflito local numa confrontação global. É assim que entendemos e vamos reagir de acordo”, completou.

Por outro lado, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, fez uma visita surpresa à Ucrânia na segunda-feira (20), sendo recebido por Volodymyr Zelensky, líder ucraniano, chegando a caminhar pelas ruas de Kiev. Na ocasião, o chefe da Casa Branca anunciou o apoio de US$ 500 milhões ao país, incluindo diversos aparatos militares, na mesma esteira do que já fazem diversos países da Europa, como o Reino Unido e a França.

O que virá pela frente? Ninguém sabe. Mas é possível citar alguns fatos. Até o momento, a Rússia sobrevive às sanções que recebeu, e fechou 2022 com uma queda na economia de “apenas” 2,1%, bem menos do que o esperado pela comunidade internacional. Se Putin conseguirá manter seu fôlego, é o que descobriremos nos próximos capítulos da guerra. Se Zelensky derrotará o invasor de seu território, é algo que veremos no futuro.

Infelizmente existem muitas situações que podem colocar em risco o planeta em uma eventual escalada da crise, como um entrechoque entre a Rússia e a OTAN ou o possível emprego de armas nucleares no conflito. Daí para a Terceira Guerra Mundial, que voltou a ser assunto normalizado, seria um pulo. A ver…


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