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Elon Musk confirma retorno do Vine com integração de inteligência artificial

O Conexão Política apurou, em primeira mão, junto a interlocutores do bilionário e da plataforma X, informações inéditas sobre as novidades em desenvolvimento.

Foto: Joshua Aspoiu
Foto: Joshua Aspoiu

Elon Musk confirmou ao Conexão Política que o Vine está prestes a voltar e, desta vez, com uma nova roupagem. Segundo o empresário, a antiga plataforma de vídeos curtos será relançada com integração de inteligência artificial, aproveitando o ecossistema do X/Twitter e as soluções desenvolvidas pela xAI, sua empresa de IA.

A iniciativa marca mais uma ofensiva de Musk no mercado de vídeos verticais e curtos, dominado por TikTok, Instagram Reels e YouTube Shorts. Segundo informações preliminares obtidas com exclusividade pelo Conexão Política, o “novo Vine” deve operar com funcionalidades como edição automatizada, roteiros gerados por IA, legendas inteligentes, thumbnails otimizadas e recomendações baseadas em machine learning. A dúvida, por ora, é se a plataforma será incorporada diretamente ao X ou relançada como um aplicativo independente.

O Conexão Política apurou, em primeira mão, junto a interlocutores de Elon Musk e da plataforma X, que os testes iniciais já estão em curso nos bastidores da empresa. A equipe envolvida no desenvolvimento estuda modelos híbridos de engajamento, onde a IA será capaz de sugerir conteúdo com base em linguagem natural, emoções e dados contextuais do usuário. A proposta é tornar a experiência mais intuitiva, aproximando o usuário de conteúdos relevantes de forma autônoma, sem a necessidade de buscas tradicionais.

Além da inovação tecnológica, a escolha de reviver o nome Vine carrega uma estratégia de memória afetiva. Lançado originalmente em 2013, o Vine foi um fenômeno global foi pioneiro na ascensão de diversos influenciadores digitais, inclusive no Brasil.

Entre os nomes que despontaram na plataforma está Lucas Rangel, que se tornou um dos maiores criadores de conteúdo do país justamente com os vídeos curtos publicados no Vine. Outros influenciadores que também ganharam projeção nacional a partir da rede foram Maju Trindade, Christian Figueiredo, Thaynara OG e Maíra Medeiros. Com vídeos de até 6 segundos, o Vine forçava a criatividade, o timing cômico e a viralização orgânica.

O Conexão Política também confirmou que há intenção de criar ferramentas exclusivas para criadores profissionais e microinfluenciadores, incluindo um sistema de monetização nativo já em desenvolvimento. A ideia é permitir que conteúdos virais sejam impulsionados com base em performance, com o apoio de uma IA treinada para identificar tendências e padrões de comportamento em tempo real.

Internamente, fãs da antiga plataforma e entusiastas de conteúdo digital passaram a especular sobre o possível retorno desses nomes ou o surgimento de uma nova geração de “viners” alimentados por IA. A aposta de Musk é justamente essa: combinar a nostalgia de uma rede que moldou o digital com a tecnologia de ponta da inteligência artificial, criando um produto competitivo num momento dominado por plataformas asiáticas e gigantes da Big Tech.

Ainda sem cronograma oficial de lançamento, o novo Vine é tratado como mais uma peça da reestruturação de Musk dentro do X, que busca transformar a plataforma em um “super app” com múltiplas funcionalidades, incluindo vídeos, transmissões, pagamentos e agora, produção automatizada de conteúdo. Segundo apuração do Conexão Política, a expectativa interna é que uma versão beta da nova ferramenta seja lançada já nos próximos meses.