CASA BRANCA

Em meio a julgamento no STF, EUA citam 'força militar' para proteger liberdade de expressão

Porta-voz do governo americano respondeu sobre eventual aplicação de novas medidas de punição ao Brasil.

Foto: Nicholas Lin/Flickr
Foto: Nicholas Lin/Flickr

Pouco depois de o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), apresentar seu voto pela condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) sob a acusação de tentativa de golpe de Estado, a Casa Branca se posicionou sobre o assunto, nesta terça-feira (9).

Em coletiva, a porta-voz do governo norte-americano, Karoline Leavitt, destacou que o presidente Donald Trump considera a defesa da liberdade de expressão uma prioridade e não hesita em recorrer ao peso econômico e militar dos Estados Unidos para resguardar esse princípio em âmbito global.

Questionada sobre a possibilidade de adoção de novas medidas contra o Brasil em razão do julgamento em andamento no STF, Leavitt afirmou que não havia nada específico a anunciar no momento, mas reforçou que o tema é central para a atual administração.

“Eu posso dizer que isso é uma prioridade para a administração e o presidente não tem medo de usar o poder econômico, o poder militar dos Estados Unidos da América para proteger a liberdade de expressão ao redor do mundo”, declarou.

A representante da Casa Branca classificou a liberdade de expressão como “a questão mais relevante da nossa era” e citou o próprio Trump como vítima de censura, lembrando que ele teve contas suspensas em redes sociais após a invasão do Capitólio, em 6 de janeiro de 2021.

Ainda segundo Leavitt, tanto o presidente quanto os membros do governo republicano tratam a censura com máxima seriedade, o que justificaria medidas já tomadas em relação ao Brasil. Entre elas, mencionou sanções e a utilização de tarifas comerciais, com o objetivo de pressionar governos a não restringirem os direitos de seus cidadãos.