Enquanto Lula chama parte do agronegócio brasileiro de fascista, governo atuará para desenvolver agricultura angolana

Governo brasileiro alega questão de prioridade para garantir o crescimento econômico.

Depois de atacar organizadores da Agrishow, maior feira de agronegócios do país, e de dizer que parte do setor é fascista, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou a elaboração de um plano conjunto entre os Ministérios da Agricultura do Brasil e Angola para, segundo ele, o desenvolvimento agrícola do país africano, especialmente na região do Vale do Rio Cunene.

“A prioridade é fazer uma revolução agrícola no país para garantir o crescimento econômico e a segurança alimentar da população”, disse o líder petista, após encontro com o presidente João Manuel Lourenço, em Luanda, capital angolana.

“Enfrentamos desafios semelhantes. Hoje, temos conhecimentos tecnológicos e políticas públicas para compartilhar com Angola”, alegou o chefe do Executivo federal.

De acordo com ele, os países buscarão parcerias no setor privado brasileiro para completar a estrutura de irrigação, tida  como necessária para Angola.

“Em vez de iniciativas pontuais e isoladas, o programa vai reunir 25 ações que se complementam, todas com o objetivo de promover o desenvolvimento agrícola nessa região”, afirmou.

“Isso incluirá desde pesquisa agropecuária até capacitação para a implementação de políticas de crédito para pequenos produtores. O Vale do Cunene é parecido com o Vale do São Francisco, no Brasil, uma região historicamente afetada por secas que se transformou em um polo produtor de alimentos. Vamos buscar parceiros no setor privado brasileiro para completar a estrutura de irrigação necessária em Cunene”, completou Lula.

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