SINAL DE ALERTA

Maduro convoca mais de 4 milhões de milicianos na Venezuela contra os EUA

Ditador venezuelano reage a sanções dos EUA e amplia presença de forças paralelas às Forças Armadas.

Foto: Raffa Neddermeyer/ABr
Foto: Raffa Neddermeyer/ABr

O ditador Nicolás Maduro anunciou nesta segunda-feira (18) a mobilização de cerca de 4,5 milhões de milicianos em um plano para “garantir a cobertura do território nacional” por meio da presença de grupos armados.

Segundo Maduro, o esquema envolve milícias “preparadas, ativadas e armadas”, com tarefas definidas diante do que classificou como “renovação das ameaças extravagantes e bizarras” dos Estados Unidos contra seu governo. A informação foi divulgada pela agência AFP e repercutida pelo canal France24.

A Venezuela, que possui cerca de 30 milhões de habitantes, conta oficialmente com aproximadamente 5 milhões de reservistas. A milícia bolivariana, criada no início dos anos 2000 por Hugo Chávez, integra formalmente a Força Armada Nacional Bolivariana (FANB).

O anúncio se dá em meio ao recrudescimento das sanções americanas. Em 7 de agosto, os Estados Unidos elevaram para US$ 50 milhões (R$ 271 milhões) a recompensa por informações que levem à prisão ou condenação de Maduro.

Conforme a procuradora-geral Pamela Bondi, as autoridades já apreenderam mais de US$ 700 milhões (R$ 3,8 bilhões) em bens atribuídos ao presidente venezuelano, incluindo dois jatos particulares e nove veículos de luxo.

As investigações apontam ainda para a interceptação de 30 toneladas de cocaína atribuídas a Maduro e a seus aliados, parte delas misturada com fentanil. Washington acusa o regime de envolvimento em conspiração de narcoterrorismo, tráfico internacional e uso de armamentos em apoio a organizações criminosas.

Maduro também é acusado de integrar o Cartel de Los Soles, apontado pelo governo Donald Trump como uma organização terrorista internacional.