Internacional

Maduro proíbe participação de opositores na disputa presidencial de 2018

O ditador venezuelano, Nicolás Maduro, garantiu que três dos principais partidos opositores que fazem parte da coalizão Mesa da unidade Democrática (MUD) serão excluídos da eleição presidencial de 2018 por se negarem a concorrer nas “eleições municipais deste domingo (10). Os opositores ao governo chavista disseram que a “falta de garantia” foi o principal motivo que os levou a boicotar a participação na eleição e ainda acusam o governo de fraudar as eleições.

No meio do boicote de grande parte da população, da instabilidade e da falta de credibilidade, os chavistas venceram o pleito, levando  22 das 23 capitais dos estados da Venezuela.
Gustavo Delgado, candidato do partido Copei à prefeitura de San Cristóbal, cidade na fronteira com a Colômbia, foi o único opositor que venceu na capital de um estado venezuelano, Tàchira.

O ditador Maduro criticou as principais lideranças da oposição por se negarem a participar das eleições municipais.

“Não posso entender que um grupo de dirigentes políticos da direita tenha se retirado. Se não querem eleições, para onde vão? Qual é a alternativa? As armas? A guerra?”
(…)
“Partidos que não tiverem participado hoje (domingo) e que tenham convocado o boicote das eleições não podem mais participar (…) Esse foi o critério que a Assembleia Nacional Constituinte estipulou”, disse Maduro, em entrevista coletiva, depois de votar em Caracas.

 Sem clima eleitoral nas ruas, as filas curtas foram o denominador comum nos postos de votação. O índice de comparecimento às urnas, segundo o Poder Eleitoral, foi de 47,3% (9,1 milhões de eleitores). Ainda assim, Maduro garante que a participação nas eleições foi “extraordinária”.

“Desde já temos que nos preparar para as eleições presidenciais de 2018, porque vai ser uma grande festa eleitoral”, afirmou o ditador Maduro, após votar em uma escola no bairro de Catia, em Caracas.