Pecado e crime são coisas diferentes. O líder máximo da Igreja Católica disse no domingo (5) que as leis que criminalizam a homossexualidade são um pecado e uma injustiça porque Deus ama e acompanha todas as pessoas, inclusive as que têm atração pelo mesmo sexo.
A fala de Francisco foi proferida em resposta à pergunta de um repórter a bordo do avião que voltava de uma viagem a dois países da África.
“A criminalização da homossexualidade é um problema que não pode ser ignorado”, iniciou Francisco, antes de citar estatísticas segundo as quais 50 países criminalizam pessoas LGBT “de uma forma ou de outra” e cerca de 10 outros têm leis que incluem a pena de morte para essas pessoas.
“Isso não está certo. Pessoas com tendências homossexuais são filhos de Deus. Deus as ama. Deus as acompanha… condenar uma pessoa assim é um pecado. Criminalizar pessoas com tendências homossexuais é uma injustiça”, declarou o pontífice.
De acordo com o papa, o catecismo da Igreja Católica, ou livro de ensinamentos, diz que a atração pelo mesmo sexo não é pecado, mas os atos homossexuais são. Portanto, na visão dele, as pessoas LGBT não devem ser marginalizadas.
Conforme dados oficiais da Organização das Nações Unidas (ONU), ao menos 66 estados membros continuam a criminalizar relações entre pessoas do mesmo sexo. Em vários países onde isso é ilegal, as punições podem desde penas mais brandas, como multa, até uma possível pena de morte.
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