No ano de 2022, a Venezuela testemunhou uma escalada preocupante de perseguição política, afetando indivíduos, instituições e empresas a cada 16 horas. Esse cenário alarmante foi revelado em um relatório divulgado pelo Centro de Justiça e Paz (Cepaz).
Segundo os dados levantados, ocorreram 523 casos de perseguição e criminalização ao longo do ano passado, de 1º de janeiro a 31 de dezembro. O relatório aponta que essas ações têm um objetivo claro: manter um ditador no poder.
Receba notícias do Conexão Política em tempo real no seu WhatsApp
Receba notícias do Conexão Política em tempo real no seu WhatsApp
PARTICIPE DO CANALO Cepaz destaca que tais números demonstram que esses atos fazem parte de uma política estatal voltada para assegurar a permanência de Nicolás Maduro no poder.
É dito que as perseguições aos opositores de Maduro ocorrem de maneiras extremamente cruéis. Há razões plausíveis para supor que essas políticas de perseguição e criminalização estejam relacionadas a outros crimes contra a humanidade, como assassinatos, prisões arbitrárias, torturas e estupros.
Maduro, sucessor de Hugo Chávez, está no comando da Venezuela há uma década. No entanto, sua liderança é contestada por organismos internacionais. Mais de 50 membros das Nações Unidas, por exemplo, não o reconhecem como legítimo chefe de Estado.
Além disso, os Estados Unidos oferecem uma recompensa de US$ 15 milhões por informações que levem à captura de Maduro. As autoridades americanas o responsabilizam por diversos crimes, incluindo corrupção e tráfico de drogas.
Apesar de todas essas questões, Maduro desembarcou no Brasil na segunda-feira, dia 29, sob aceno e aclamação de Luiz Inácio Lula da Silva, atual presidente do país. Militares brasileiros o receberam com continência no Aeroporto de Brasília. O ditador subiu a rampa do Palácio do Planalto sendo tratado como chefe de Estado, com honrarias máximas.