
Em entrevista à rede americana CBS, concedida neste domingo (2), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou acreditar que o chavista Nicolás Maduro está próximo de deixar o comando da Venezuela.
Questionado se os “dias de Maduro como presidente estão contados”, Trump respondeu: “Eu diria que sim, acho que sim”, conforme trechos divulgados no perfil oficial do governo dos EUA na plataforma X.
Na mesma conversa, Trump foi instado a comentar relatos sobre uma eventual incursão terrestre em território venezuelano. O presidente evitou confirmar ou negar a possibilidade. Ao ser perguntado por que não detalharia o tema, limitou-se a dizer que não revelaria a uma repórter quais alvos atacaria.
As declarações ocorrem em meio ao aumento da presença militar dos EUA no Caribe. O Gerald R. Ford Carrier Strike Group — grupo de ataque liderado pelo maior porta-aviões em operação no mundo — foi deslocado para a região próxima à costa venezuelana, somando-se a navios de guerra posicionados em Porto Rico e elevando a tensão entre Washington e Caracas.
Desde agosto, as forças norte-americanas realizam ações navais com apoio de caças F-35, incluindo lançamentos de mísseis e bombardeios contra embarcações no Caribe e no Pacífico sob a justificativa de combate ao narcotráfico nas rotas marítimas. Até o momento, há registro de 50 mortos nessas operações, que a administração Trump classifica como integrantes do narcoterrorismo.
Do lado venezuelano, o regime afirma que os Estados Unidos buscam construir um cenário de “bandeira falsa” para justificar uma agressão militar. Em resposta, Maduro determinou a mobilização de tropas em pontos estratégicos do país, alegando a necessidade de prevenir uma suposta intervenção conduzida pela CIA.