O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, foi oficialmente indicado ao Prêmio Nobel da Paz nesta terça-feira (24), em reconhecimento aos seus esforços na mediação do recente cessar-fogo entre Israel e Irã. A proposta foi apresentada pelo deputado Buddy Carter, republicano do estado da Geórgia, ao Comitê Norueguês do Nobel.
Segundo Carter, Trump teve um “papel extraordinário e histórico” no encerramento das hostilidades, contribuindo diretamente para evitar a escalada de um conflito que envolveu ataques a estruturas nucleares iranianas. O congressista argumentou que o republicano foi decisivo na “prevenção da obtenção da arma mais letal do planeta pelo maior Estado patrocinador do terrorismo do mundo”, em referência ao Irã.
Ataques antecederam a trégua entre Tel Aviv e Teerã
Antes da trégua, Trump ordenou o bombardeio de três instalações nucleares iranianas: Fordow, Natanz e Isfahan. A operação, batizada de Martelo da Meia-Noite, foi realizada no sábado (21) e envolveu 75 munições de precisão, incluindo 14 bombas do tipo bunker buster, projetadas para penetrar estruturas subterrâneas.
Pela rede social Truth Social, o presidente americano comemorou o sucesso do ataque, chamando a operação de “muito bem-sucedida”. Segundo ele, a instalação de Fordow, localizada sob uma montanha ao sul de Teerã, era o alvo prioritário. “Fordow se foi”, declarou Trump.
Fim oficial do conflito e reconhecimento internacional
Após 12 dias de confrontos, o governo do Irã confirmou o fim das hostilidades com Israel. Em nota divulgada pela imprensa estatal, o presidente iraniano Masoud Pezeshkian classificou o desfecho como uma “grande vitória” para o país e responsabilizou Israel pelo início do confronto, chamando a guerra de “imposta pelo aventurismo de Tel Aviv”.
O cessar-fogo foi anunciado pelos Estados Unidos e mediado com apoio diplomático do Catar. Por sua vez, o governo israelense afirmou que passará a concentrar seus esforços militares na Faixa de Gaza, embora não tenha descartado novas ações no futuro.
O aiatolá Ali Khamenei, líder supremo do Irã, também comentou o fim do conflito. Em pronunciamento anterior, afirmou que o povo iraniano “não é uma nação que se rende”, indicando a disposição do regime em manter sua postura firme mesmo após os bombardeios americanos.