STF NA MIRA

Trump volta a defender Bolsonaro: ‘O que o Brasil está fazendo é uma vergonha’

‘Conheço o ex-presidente e acredito que ele seja um homem honesto’, disse o mandatário americano.

Foto: Daniel Torok/Casa Branca
Foto: Daniel Torok/Casa Branca

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a se manifestar em defesa de Jair Bolsonaro (PL) nesta quarta-feira (16), criticando duramente a investigação que apura uma suposta tentativa de golpe de Estado por parte do ex-chefe do Executivo brasileiro.

Durante uma fala em que comentava sobre notificações de tarifas comerciais direcionadas a diversos países, Trump aproveitou para mencionar o Brasil e condenar o tratamento que, segundo ele, Bolsonaro vem recebendo por parte da Justiça.

“A carta dizia que vocês vão pagar tarifas de 30%, 35%, 25%, 20%… em um caso, 50%, o Brasil. E, considerando o que estão fazendo com o ex-presidente deles, é uma vergonha”, disse Trump. “Conheço o ex-presidente, sei que ele lutou muito pelo povo brasileiro. Eu posso afirmar isso. Acredito que Bolsonaro é um homem honesto, e o que estão fazendo com ele é terrível”, completou.

Essa não foi a primeira vez que o mandatário americano se posicionou sobre o tema. Um dia antes, na terça-feira (15), ele já havia classificado a ação movida contra Bolsonaro como uma “caça às bruxas”, reforçando o tom crítico contra o andamento do processo judicial no Supremo Tribunal Federal (STF).

As declarações de Trump ocorrem após a entrega das alegações finais do Ministério Público Federal, feitas na última segunda-feira (14) pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet. No documento, o PGR sustenta que há evidências suficientes para condenar Jair Bolsonaro e outros envolvidos por tentativa de subverter a ordem democrática.

Entre os nomes apontados pelo Ministério Público estão os ex-ministros Alexandre Ramagem, Augusto Heleno, Anderson Torres, Walter Braga Netto e Paulo Sérgio Nogueira, além do ex-ajudante de ordens Mauro Cid e do ex-comandante da Marinha Almir Garnier.

A partir de agora, caberá às defesas dos acusados apresentarem suas manifestações finais no STF. Concluída essa etapa, o ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, deverá agendar o julgamento e preparar seu voto.