Internacional

“Israel condena veementemente a invasão turca das áreas curdas na Síria”, diz Bejnamin Netanyahu

O primeiro-ministro de Israel, Bejnamin Netanyahu, condenou a invasão da Turquia no nordeste da Síria e alertou sobre um possível extermínio do povo curdo na região.

“Israel condena veementemente a invasão turca das áreas curdas na Síria e alerta contra a limpeza étnica dos curdos pela Turquia e seus representantes. Israel está preparado para estender a assistência humanitária ao corajoso povo curdo”, disse o primeiro ministro de Israel, Benjamin Netanyahu no Twitter.

Invasão
Na quarta-feira (9), a Turquia invadiu o nordeste da Síria. Erdogan quer criar uma ‘zona segura’ de 32 Km ao longo da fronteira com o norte da Síria. O país recebeu mais de 3,6 milhões de refugiados sírios e deseja transferir pelo menos 2 milhões deles para esta zona segura. Mas nesta área, que faz fronteira com o sul da Turquia, também há combatentes sírio-curdos; e Erdogan quer eliminar os curdos na região.

“Há muito pânico entre o povo”, disse a coalizão liderada pelos curdos SDF (Forças Armadas Democráticas da Síria), em resposta à medida.

Curdos
Existem mais de 30 milhões de curdos em todo o mundo. Eles têm sua própria língua e cultura, mas nenhum país. Eles são, portanto, o maior grupo étnico do mundo sem um Estado. Após a queda do Império Otomano, eles se espalharam para vários países, incluindo Turquia, Iraque, Síria e Irã.

Nesses países, eles vivem em desacordo com o governo. Sua língua e cultura são frequentemente reprimidas com intimidação e violência. Os curdos estão, portanto, lutando há décadas por seu próprio Estado autônomo.

Existem vários movimentos de independência, um dos mais conhecidos é o PKK na Turquia. Ele cometeu muitos ataques no passado. A Turquia os vê como terroristas, assim como os EUA e a UE.

Reações de países
Muitos países criticaram a invasão turca do norte da Síria. Além de Israel, vários países membros da UE, Índia, Egito, Israel, Emirados Árabes Unidos, Kuwait e Arábia Saudita. Os Estados Unidos, através do vice-ministro da Defesa, Mark Esper, e do ministro das Finanças, Steven Mnuchin, comunicaram que não apoiam a Turquia.

Nesta sexta-feira (11), Mar Esper disse que os EUA aconselharam a Turquia a não invadir a Síria e estão pedindo que o país saia em breve.

A comunidade internacional pretende abrir o caminho para sanções contra a Turquia. Nenhuma sanção ainda foi imposta.

No entanto, Erdogan respondeu às críticas.

“Não importa o que os outros países digam, não vamos parar”, respondeu Erdogan às “ameaças” dos outros países.