A ministra do Interior do Reino Unido, Priti Patel, afirmou nesta sexta-feira (19) que o grupo extremista palestino Hamas foi declarado ilegal, uma medida que alinha a postura britânica à dos Estados Unidos e à da União Europeia em relação aos governantes de Gaza.
“O Hamas tem recursos terroristas significativos, inclusive o acesso a armamentos variados e sofisticados, além de instalações de treinamento terrorista”, declarou Patel durante um comunicado. “É por isso que hoje ajo para proscrever o Hamas em sua totalidade”, acrescentou.
A organização será banida de acordo com a Lei de Terrorismo, o que significa que qualquer pessoa que expresse apoio ao Hamas, hasteie sua bandeira ou organize encontros para a organização estará violando a legislação, confirmou o Ministério do Interior, que deve apresentar a mudança ao Parlamento na semana que vem.
O Hamas, cujo nome completo é Movimento de Resistência Islâmica, tem facções política e militar. Fundado em 1987, o grupo extremista se opõe à existência de Israel e a conversas de paz, defendendo uma “resistência armada” ao que classifica como “ocupação israelense de territórios palestinos”.
Até agora, o Reino Unido só havia proscrito as Brigadas Izz al-Din al-Qassam, facção militar do Hamas. Sami Abu Zuhri, uma autoridade política do movimento islâmico, disse que a medida britânica mostrou um “viés absoluto a favor da ocupação israelense e é uma submissão à chantagem e aos ditames israelenses”.
O primeiro-ministro de Israel, Naftali Bennett, saudou a decisão em uma rede social: “O Hamas é uma organização terrorista, dito simplesmente. A ‘facção política’ possibilita sua atividade militar”, escreveu.