Foto: X/Mhdksafa
Foto: X/Mhdksafa

A Defesa Civil de Gaza informou nesta sexta-feira (10) que cerca de 200 mil palestinos retornaram ao norte da Faixa de Gaza nas primeiras horas do cessar-fogo entre Israel e Hamas, que entrou em vigor ao meio-dia (6h em Brasília).

“Aproximadamente 200.000 pessoas voltaram ao norte de Gaza hoje”, afirmou Mahmud Basal, porta-voz da Defesa Civil, segundo o Times of Israel.

Em nota oficial, as Forças de Defesa de Israel (IDF) comunicaram que suas tropas passaram a se reposicionar conforme as novas linhas de destacamento, em preparação para as próximas etapas do acordo, incluindo o retorno de reféns israelenses.

“As tropas no Comando Sul estão posicionadas na área e continuarão a eliminar qualquer ameaça imediata”, diz o comunicado.

Aprovação do acordo e retorno de reféns

O cessar-fogo foi aprovado na quinta-feira (9) pelo governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, durante reunião com ministros israelenses e representantes dos Estados Unidos, incluindo Steve Witkoff e Jared Kushner.

“Israel lutou por dois anos para alcançar seus objetivos de guerra e está prestes a conseguir”, declarou Netanyahu, mencionando a possibilidade de retorno dos 48 reféns que permanecem sob custódia do Hamas, dos quais se estima que ao menos 20 estejam vivos.

Compromissos do Hamas e pontos sobre desarmamento

Do lado palestino, Khalil al-Hayya, chefe da equipe de negociação do Hamas, confirmou o recebimento de garantias norte-americanas para implementação da primeira fase do plano de paz, que, segundo ele, “encerra definitivamente a guerra”.

A rede Al Jazeera divulgou que o acordo prevê a libertação de 250 palestinos condenados à prisão perpétua em Israel, além de 1.700 detidos de Gaza.

Entretanto, al-Hayya declarou que o grupo não aceitará desarmamento, uma das exigências previstas nas etapas posteriores do acordo:

“Nenhum palestino aceita o desarmamento”, afirmou o negociador.