O jantar de luxo de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) em Nova York foi pago pelo Banco Master, investigado na Operação Lava Jato na época em que se chamava Banco Máxima. Atualmente, além da mudança de nome, outros diretores comandam a empresa.
Conforme noticiado pelo Conexão Política, os ministros Alexandre de Moraes, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Luís Roberto Barroso foram aos Estados Unidos para dar palestras no evento Lide Brazil Conference. Na ocasião, eles discursaram sobre liberdade de expressão e democracia.
Os magistrados desembarcaram em solo americano no domingo (13) e foram convidados no mesmo dia para um jantar no restaurante Fasano New York. O estabelecimento funciona apenas de segunda a sábado, mas abriu uma exceção para receber os togados.
De acordo com o jornalista Rodrigo Rangel, “o banco que arcou com a conta do jantar é hoje um dos principais operadores de crédito consignado do país, cultiva relações com pessoas bem-posicionadas nas estruturas de poder e, claro, tem demandas no Judiciário”.
O atual dono do banco, Daniel Vorcaro, que adquiriu a instituição há cerca de três anos, já foi alvo de um mandado de prisão envolvendo suspeita de desvio de recursos de fundos de pensão de funcionários públicos de prefeituras. Ele nega as acusações e afirma ser inocente.
Questionada, a instituição financeira se limitou a dizer que apoia “eventos, seminários e congressos realizados por várias entidades empresariais há muitos anos” e que “o apoio a este evento ou aos demais realizados em 2022 não implica ao banco qualquer conhecimento ou influência sobre o tema abordado ou palestrantes”.
Também perguntamos à assessoria de imprensa do Supremo Tribunal Federal, que disse que não vai se manifestar sobre o caso. O espaço segue aberto para inserção de manifestação caso a Corte mude de ideia.
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