SAÚDE DO EX-PRESIDENTE

Bolsonaro apresenta diagnóstico de câncer, diz médico; veja o laudo

Direitista passou por internação no DF Star e teve lesões com células cancerígenas retiradas do braço e do tórax.

Foto: Alan Santos/PR
Foto: Alan Santos/PR

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi diagnosticado com câncer de pele após exames realizados durante a internação no hospital DF Star, em Brasília. A informação foi confirmada nesta quarta-feira (17) pelo médico-chefe da equipe cirúrgica, Claudio Birolini. Segundo ele, o ex-presidente já recebeu alta e poderá continuar o tratamento em casa, com acompanhamento clínico regular.

De acordo com Birolini, foram identificadas lesões com células cancerígenas no braço e no tórax de Bolsonaro. O resultado da biópsia foi comunicado ao ex-presidente nesta manhã. Ainda segundo o médico, não será necessário o uso de quimioterapia, e as lesões extraídas não apresentam risco de reincidência.

Além das duas lesões com confirmação de células cancerígenas, a equipe médica identificou outras feridas na pele, que também foram removidas durante o procedimento realizado sob anestesia local e sedação. O boletim médico informa que o quadro clínico requer reavaliação periódica.

Segundo Birolini, os primeiros indícios do problema dermatológico haviam sido notados ainda em abril, mas a biópsia foi postergada para setembro em razão de “outras coisas que aconteceram no caminho”. O médico afirmou que, apesar do diagnóstico, o estado de saúde de Bolsonaro é considerado estável e sem risco.

A internação ocorreu na terça-feira (16), quando o ex-presidente deu entrada no DF Star com sintomas de vômitos, tontura, queda de pressão arterial e pré-síncope. Ele permaneceu sob cuidados médicos até a tarde desta quarta-feira (17), quando recebeu alta.

Essa foi a primeira vez que Bolsonaro deixou o condomínio onde cumpre prisão domiciliar desde 4 de agosto. Ele está sob medida cautelar determinada pelo Supremo Tribunal Federal, no contexto das investigações que apuram tentativa de golpe de Estado.

Na última quinta-feira (11), Bolsonaro foi condenado pelo STF a 27 anos e 3 meses de prisão por envolvimento na chamada trama golpista. Além dele, outros integrantes de sua gestão também foram condenados. O ex-presidente já estava em prisão domiciliar por suspeita de obstrução de Justiça no mesmo caso.