Um cachorro batizado de Irajá foi baleado na comunidade Para-Pedro, em Irajá, Zona Norte do Rio de Janeiro. Moradores afirmam que o animal havia sido ‘jurado de morte’ e, na na manhã da última quinta-feira (24), foi alvejado por traficantes locais. Ele foi ferido na pata dianteira esquerda, quebrou o membro e perdeu um dos dedos. O cão foi levado ao Hospital Veterinário Jorge Vaitsman, na Mangueira, onde passou por cirurgia e segue em recuperação.
Em menos de 24 horas, dois cães foram baleados em comunidades do Rio e precisaram ser socorridos pela Secretaria Municipal de Proteção e Defesa dos Animais. De acordo com o secretário Luiz Ramos Filho, casos de animais ‘jurados de morte’ passaram a virar rotina. Segundo ele, os cães estariam ‘incomodando’ criminosos por latirem demais, reagirem, correrem atrás de pessoas ou protegerem casas e moradores. “Temos atendido muitos animais baleados. Isso vem acontecendo com muita frequência. Ou o animal é baleado em confronto entre policiais e bandidos ou o bichinho é jurado de morte, porque incomodou o chamado poder paralelo. Só por ter latido ou avançado já é o suficiente para ser mais um nas estatísticas da violência, da brutalidade. Nem os animais escapam dessa situação de barbárie extrema que temos vivido”, declarou à imprensa.
Ramos Filho informou que o animal, assim receber alta do hospital veterinário, será encaminhado para um abrigo da prefeitura, onde ficará disponível para adoção.
Na quarta-feira (24), a cadela Nina foi baleada durante confronto no Morro do Juramento, em Vicente de Carvalho. O animal estava na porta de casa quando foi ferido. A bala entrou pelo tórax e saiu pela pata dianteira esquerda. Nina foi socorrida no posto veterinário municipal de Vicente de Carvalho e transferida para o Hospital Jorge Vaitsman. Ela passou por cirurgia, recebeu um fixador externo e, segundo os médicos, poderá precisar de novos procedimentos para evitar amputação. Na quinta, 24, a cadela recebeu alta e já está em casa.
No início de setembro, outro caso semelhante ocorreu na favela do Batan, em Realengo, Zona Oeste do Rio. O pitbull Hércules levou três tiros e também foi atendido no Hospital Veterinário Jorge Vaitsman. Ele continua em recuperação sob os cuidados da prefeitura.