As movimentações políticas com foco nas eleições de 2026 já começaram a ganhar força em todo o país. Nas próximas semanas e meses, o Conexão Política acompanhará de perto as articulações, negociações e definições internas dos principais partidos em nível estadual e nacional.
No estado de Mato Grosso do Sul, por exemplo, as tratativas seguem em ritmo intenso. O governador Eduardo Riedel (PP), em conjunto com a senadora e ex-ministra Tereza Cristina (PP-MS) e o ex-governador Reinaldo Azambuja (PL), iniciou a formação da chapa que representará o grupo de centro-direita na disputa pelas duas vagas ao Senado.
De acordo com o jornal Correio do Estado, a escolha do segundo nome que acompanhará Azambuja — já confirmado como o primeiro candidato ao Senado pelo Partido Liberal (PL) — será feita com base em pesquisas qualitativas e quantitativas a serem contratadas pelas siglas. A definição deve ocorrer até fevereiro de 2026, período anterior à abertura da janela partidária.
Entre os nomes mais cotados estão o deputado federal Luiz Ovando (PP-MS), a vice-prefeita de Dourados, Gianni Nogueira (PL-MS), o presidente da Assembleia Legislativa, Gerson Claro (PP-MS), e o ex-deputado estadual Capitão Contar (PRTB-MS).
Neste momento, Ovando desponta como favorito dentro do Progressistas por sua fidelidade à legenda, comandada em Mato Grosso do Sul por Tereza Cristina. Cumprindo seu segundo mandato na Câmara dos Deputados, o parlamentar ganhou destaque nas últimas eleições municipais por participar ativamente das articulações em torno da prefeitura de Campo Grande, sendo inclusive cogitado como possível vice da prefeita Adriane Lopes (PP).
O arranjo político em discussão prevê uma composição entre PL e PP, consolidando uma frente única da centro-direita no estado. Nesse contexto, Capitão Contar, que obteve expressiva votação em 2022 com mais de 600 mil votos pelo PRTB, também poderia migrar para uma das duas legendas, caso seja escolhido como o segundo nome da chapa.
Durante reunião recente, Riedel, Tereza Cristina e Azambuja decidiram que a escolha será pautada exclusivamente no desempenho dos pré-candidatos nas pesquisas internas. A estratégia tem como objetivo evitar divisões e garantir que a chapa tenha força real nas urnas.
Nos bastidores, todas as lideranças do grupo reconhecem que o pleito será competitivo. Isso porque a ministra do Planejamento, Simone Tebet (MDB), também deve concorrer ao Senado com o apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e da máquina do governo federal.
Cientes do desafio, Riedel, Azambuja e Tereza Cristina apostam na unidade das forças conservadoras para tentar eleger dois senadores alinhados à direita, em cumprimento a um acordo firmado com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O grupo avalia que o respaldo de prefeitos e vereadores — que somam mais de 700 representantes e os 79 municípios do estado — será determinante para alcançar esse objetivo.