Foto: Clara Myōjin Kuroda/RcP
Foto: Clara Myōjin Kuroda/RcP

O Departamento de Estado dos Estados Unidos demitiu um diplomata norte-americano por omitir um relacionamento com uma mulher chinesa identificada como filha de um membro do Partido Comunista da China (PCCH). A informação foi confirmada pela Casa Branca, que considerou a conduta uma ameaça à segurança nacional.

De acordo com a Associated Press, a relação ocorreu em 2024, mas não foi comunicada às autoridades norte-americanas, como exigem os protocolos internos. Mesmo tendo acontecido antes da publicação da norma, a Casa Branca entendeu que o funcionário deveria ter notificado o governo sobre o envolvimento.

A medida se baseia em uma política implementada no final de 2024, durante o governo do então presidente Joe Biden (Partido Democrata), que proíbe integrantes do governo dos EUA de manterem relações românticas ou sexuais com cidadãos chineses.

Avaliação de risco à segurança

O porta-voz do Departamento de Estado, Thomas Pigott, afirmou que o comportamento do diplomata violou os princípios de segurança nacional.

“Manteremos uma política de tolerância zero para qualquer funcionário que seja pego comprometendo a segurança nacional do nosso país”, declarou Pigott.

A decisão ocorre em meio a tensões diplomáticas entre Washington e Pequim, especialmente em temas relacionados à espionagem, vigilância tecnológica e influência internacional.

Reação da China

Durante coletiva de imprensa na quinta-feira (9), o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Guo Jiakun, evitou comentar diretamente o caso, mas fez críticas indiretas à medida adotada pelo governo norte-americano.

“Este é um assunto interno dos Estados Unidos e não comentaremos sobre ele, mas nos opomos ao uso de linhas ideológicas e difamações maliciosas contra a China”, afirmou Jiakun.