CLIMA PÓS-7 DE SETEMBEO

Eduardo Bolsonaro elogia Tarcísio depois de fala contra Moraes e em defesa da anistia

Deputado evita polêmica, vê discurso como sinal positivo e alega que definição sobre 2026 será de Jair Bolsonaro.

Brasília (DF) 09/03/2023 O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, fala com a imprensa após reunião no Palácio do Planalto
Foto: Marcelo Camargo/ABr

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) elogiou nesta segunda-feira (8) o discurso do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), durante os atos do 7 de Setembro na avenida Paulista. Em entrevista ao Poder360, o parlamentar afirmou que o governador “foi muito feliz” ao endurecer o tom contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e cobrar do Congresso a votação de uma anistia para os condenados pelos atos de 8 de janeiro.

“Do Tarcísio eu tenho um elogio a fazer: eu acho que ele, na manifestação, foi muito feliz no seu discurso. Espero que essa fala seja permanente, seguida das suas condutas pró-anistia, e acho que nesse momento isso é o principal”, afirmou Eduardo, evitando entrar em polêmicas sobre uma possível candidatura do governador à Presidência.

Baixou o tom

A fala do deputado é um recuo em relação ao governador paulista. Em agosto, Jair Bolsonaro chegou a repreender publicamente o filho pelas críticas que vinha fazendo a Tarcísio, a quem enquadrava como “imaturo” nesse aspecto. Segundo o ex-presidente, a escolha sobre o sucessor natural do grupo político será feita no momento adequado, caso sua inelegibilidade seja mantida.

Questionado sobre eventual apoio a Tarcísio em 2026, Eduardo afirmou que “o assunto da eleição não é para agora” e que o próprio Jair Bolsonaro decidirá sobre o futuro da direita no Brasil. O parlamentar externou, no entanto, que tanto ele quanto o governador consideram Bolsonaro o nome natural do grupo político.

Discurso na Paulista

Durante a manifestação, Tarcísio, que tem uma por uma postura mais moderada em relação à ala bolsonarista, afirmou: “Ninguém aguenta mais a tirania”. E completou: “Nós não vamos mais aceitar que nenhum ditador diga o que a gente tem que fazer”. A declaração agradou apoiadores e foi interpretada como sinal de alinhamento com a base conservadora mais radical, mesmo não sendo nada além das palavras.