Durante os protestos liderados pelo opositor Juan Guaidó contra o regime do ditador Nicolás Maduro em 2019, houve um ataque violento em Altamira, Caracas.
Blindados da Guarda Nacional da Venezuela avançaram contra a multidão na região próxima à base de La Carlota, onde os protestos estavam concentrados.
À época, as forças leais de Maduro utilizaram repressão para conter os protestos convocados por Guaidó.
Militares favoráveis ao tirano responderam aos apoiadores da oposição com o lançamento de bombas de gás lacrimogêneo e o uso de veículos blindados.
As imagens transmitidas pela televisão venezuelana registraram o momento em que um veículo da Guarda Nacional da Venezuela avançou em direção aos manifestantes, resultando no atropelamento de populares que estavam expressando suas discordâncias em relação ao regime autoritário do chavista.
Esses eventos públicos evidenciaram a tensão e a violência presentes no contexto político venezuelano naquele momento
Tropa de Maduro comemorou
Enquanto blindados da Guarda Nacional Bolivariana reprimiam manifestantes diante da base militar de La Carlota, em Altamira, o ministro da Defesa da Venezuela, Vladimir Padrino López, externava pela TV estatal uma ‘tentativa de golpe de Estado insignificante’ no país, que segundo ele foi ‘parcialmente derrotada’.
Maduro no Brasil
Nesta segunda-feira (29), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu em Brasília o ditador venezuelano. A programação desta segunda incluiu uma série de compromissos no Palácio do Planalto, como uma reunião privada, uma reunião ampliada e uma cerimônia de assinatura de acordos, seguida por um almoço.
Maduro chegou à capital brasileira no domingo à noite, acompanhado de sua esposa Cilia Flores, com o objetivo de participar de um encontro de presidentes sul-americanos agendado para terça-feira (30).
Nas redes sociais, o ditador venezuelano expressou sua gratidão pela “calorosa recepção” e mencionou o desenvolvimento de uma agenda diplomática que fortaleça a união dos povos do continente.
O encontro entre dois, segundo Lula, ocorre como um novo capítulo nas relações entre o Brasil e a Venezuela. De acordo com o Ministério das Relações Exteriores, o líder brasileiro e o chavista devem avançar no processo de normalização das relações bilaterais, com temas como a reabertura das embaixadas e o fortalecimento dos setores consulares em discussão.