A esquerda voltou às ruas neste domingo (21) em diferentes capitais brasileiras, desta vez com a participação de artistas nacionais, o que colaborou para uma adesão maior em comparação a mobilizações anteriores.
Ainda assim, segundo estimativas preliminares, os atos não superaram as manifestações promovidas pela direita em apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
No Rio de Janeiro, a praia de Copacabana reuniu apresentações de Caetano Veloso, Gilberto Gil, Chico Buarque e Djavan, que subiram ao palco montado na altura do Posto 5.
Em São Paulo, artistas como Maria Gadú e Marina Sena reforçaram a programação de protestos organizados por frentes partidárias e movimentos sociais.
Em Belo Horizonte, o cantor e compositor Flávio Renegado se juntou ao ato realizado no centro da capital mineira.
Apesar da adesão maior, o público registrado foi avaliado como semelhante ou, em alguns casos, inferior ao dos atos pró-Bolsonaro realizados nos últimos meses.
Observadores contabilizaram que, mesmo com mobilização artística e apoio logístico, a esquerda não conseguiu ultrapassar a marca de presença estabelecida pelas manifestações conservadoras.
As pautas centrais incluíram críticas ao projeto de anistia para investigados pelo 8 de janeiro e oposição à chamada PEC da Blindagem, que, segundo os organizadores, busca limitar a atuação de órgãos de investigação e do Supremo Tribunal Federal.