Durante encontro com jornalistas neste sábado (5), no Rio de Janeiro, a ex-presidente Dilma Rousseff, atual presidente do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), conhecido como banco dos Brics, voltou a comentar a declaração feita em 2015 sobre “armazenar vento e sol”, que virou meme na época e passou a ser associada a críticas sobre sua gestão.
“No passado, lembro que disse que tinha que armazenar vento e sol. Toda a imprensa brasileira achou que isso era uma ignorância. Pois muito bem. Saibam que essa é uma das áreas mais importantes para resolver problemas como o que ocorreu em Portugal e na Espanha”, disse Dilma.
A ex-presidente alegou que foi mal interpretada quando deu a declaração, feita durante discurso na Assembleia-Geral das Nações Unidas, e explicou que se referia à necessidade de desenvolver tecnologias de armazenamento de energia gerada por fontes renováveis — como solar e eólica — devido à sua intermitência e instabilidade na distribuição.
Segundo Dilma, o apagão ocorrido em 28 de abril deste ano, que atingiu Portugal e, sobretudo, a Espanha, demonstra a urgência do assunto. Ambos os países possuem forte dependência de energia eólica e solar, e uma falha súbita no sistema provocou a interrupção no fornecimento de energia.
Durante a entrevista, realizada à margem da 10ª reunião anual do NDB e da cúpula de finanças do Brics, Dilma mencionou a necessidade da modernização dos chamados “grids”, sistemas de armazenamento e distribuição de energia renovável que ajudam a equilibrar oferta e demanda.
“Uma das áreas mais importantes é como armazenar energia eólica e energia solar e como estabilizar quando entra no grid”, emendou.