O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) afirmou nesta segunda-feira (8) que possui mais acesso a autoridades dos Estados Unidos do que o próprio Itamaraty. A declaração foi feita em entrevista ao Poder360, durante visita a Washington, onde o parlamentar tem se reunido com integrantes do governo norte-americano e articulado reações contra decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) no Brasil.
Eduardo mencionou um encontro presencial com o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, no mesmo dia em que o norte-americano havia agendado uma videoconferência com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad — reunião que, segundo ele, foi cancelada unilateralmente. “Eu tenho mais acesso que o Itamaraty. Eu me reúno com autoridades que o Itamaraty não consegue. A gente se reúne com autoridades que o ministro Haddad gostaria de se reunir e não consegue, como o secretário do Tesouro, Scott Bessent”, afirmou.
Críticas à diplomacia oficial
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O deputado afirmou ainda que sua atuação gera mais “confiança” e “grau de certeza” para a população brasileira do que o governo atual. Embora tenha dito que não fala em nome do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, Eduardo avaliou como “lógico” que o republicano não ceda nas tarifas aplicadas ao Brasil, caso Jair Bolsonaro seja condenado no julgamento por tentativa de golpe de Estado, retomado nesta terça-feira (9) no STF.
O presidente Trump anunciou em agosto uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, como retaliação ao tratamento dispensado ao ex-presidente Bolsonaro, que atualmente cumpre prisão domiciliar. À época, Trump classificou o processo como uma “caça às bruxas” e pediu a interrupção imediata do julgamento.
