O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (UNIÃO) foi entrevistado pelo programa ‘Diálogos’, da GloboNews, sob o comando do jornalista Mario Sergio Conti.
Com um discurso duro e enfático, o mandatário estadual voltou a defender neste sábado (17) a segurança pública como área estratégica para o Brasil, modelo estrutural que já vem sendo adotado pela gestão goiana.
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PARTICIPE DO CANALAo entrarem no assunto sobre controle de penitenciárias e a autonomia das polícias na redução da criminalidade, Caiado rebateu a narrativa midiática que emplaca a tese de que instalações de câmeras de segurança são eficientes ao ponto de impactarem positivamente em ações contra o crime.
Discurso amplamente defendido pela extrema-esquerda, a tática de câmeras em uniformes da polícia foi duramente reprimida pelo governador. Ele disse que a população quer, na verdade, medidas concretas para garantir a segurança pública, e não mecanismos que propiciem uma falsa sensação de proteção.
“Câmera na farda, por exemplo, não traz resultado nenhum, só faz inibir o policial”, afirmou Caiado.
Na sequência, o chefe do executivo estadual expôs que a liberdade para atuação dos profissionais de segurança pública é fundamental, assim como “treinamento, armamento e equipamentos de qualidade”. O controle do narcotráfico, segundo ele, é outra forma de garantir autoridade ao Estado, a democracia e o exercício pleno de direitos da cidadania. “O Estado não pode se acovardar. É preciso coragem para enfrentar o crime”, declarou.
“O que falta hoje é muita coragem moral para enfrentar, porque a conivência é que o narcotráfico está com muita gente na mão. É muita autoridade, é muito governador, é muito deputado, é muito senador, é muito nível de Poderes do judiciário, também do Ministério Público, de todo lado. Essa é que é a verdade nua e crua”, prosseguiu Caiado.
“Aí ficam desviando a conversa para colocar câmera, justificando que a câmera vai resolver o problema. Vai resolver o quê? Você vai enfrentar a bandidagem que está com ponto 50, que fura carro blindado, que nós [civis e militares] não podemos, mas que o narcotráfico tem?!”, acrescentou.
A fala de Caiado sinalizava que ele iria prosseguir com o raciocínio, mas o jornalista informou que a conversa encerraria ali. “Fica para uma próxima oportunidade. Eu vou voltar a convidá-lo, [pois] já estouramos o nosso tempo”, disse Mario Sergio, explicando que o tempo é de 10 minutos.