O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e a primeira-dama, Janja da Silva, não aplaudiram o discurso do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, quando ele defendeu a libertação imediata dos reféns israelenses mantidos pelo Hamas.
O momento ocorreu nesta terça-feira (23), durante a 80ª Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova York.
“Libertem os reféns agora. Não queremos um de cada vez, queremos todos de volta. E os 38 corpos também”, disse Trump.
O republicano reafirmou o apoio incondicional de Washington a Israel, mas recebeu apenas aplausos pontuais, puxados pela delegação norte-americana.
O discurso do presidente dos EUA foi feito após o anúncio de França, Canadá e Reino Unido de que reconheceram oficialmente o Estado da Palestina, em gesto diplomático ocorrido entre domingo (21) e segunda-feira (22). A decisão buscou pressionar Israel pelo fim da guerra iniciada em outubro de 2023, após os ataques do Hamas.
Antes de Trump, Lula discursou e voltou a classificar a ofensiva de Israel em Gaza como “genocídio”. Reafirmou a defesa da solução de dois Estados e disse que “nenhuma situação é mais emblemática do uso desproporcional e ilegal da força do que a da Palestina”.