Foto: Marcelo Camargo/ABr
Foto: Marcelo Camargo/ABr

No Congresso do Partido Comunista do Brasil (PCdoB), durante um discurso nesta quinta-feira (16), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez críticas ao que chamou de excesso de interação digital. Ao falar, ele mirou em grupos de WhatsApp e ao que chamou de uso constante de celulares.

Segundo ele, o hábito de enviar mensagens como ‘bom dia’ e ‘boa noite’ em grupos familiares está tomando proporções exageradas. “Grupo de zap, todo mundo tem. Eu sempre achei que parente bom era aquele que a gente via uma vez por mês. Agora é todo dia uma mensagem. Boa noite, querido. Bom dia, querida. O que você almoçou? O que você jantou? Não sei pra que tanta conversa”, indagou.

Lula também questionou a dependência de celulares em encontros presenciais. “Se tem quatro na mesa, três estão no celular. Aqui, é todo mundo com celular na mesa. Estão esperando telefonema do Xi Jinping? Do Putin? De quem? Algum namorado, namorada? Não. Isso é uma doença. Chama-se dependência digital.”

O presidente ainda comentou sobre o costume de checar notícias durante a madrugada e nas primeiras horas da manhã. “Antes de dormir, quer ver a última notícia. Quando acorda, ao invés de dar um cheiro, cada um pega o celular. Pra saber o quê, porra? Que morreu um cachorro? Que teve um atropelamento? Pra quê?”, disparou.

Na avaliação de Lula, o comportamento da população é resultado de uma “inquietação” causada pela falta de controle sobre o uso da tecnologia. “Não tem o que falar toda hora, gente”, emendou.