Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem dito a aliados que já tem um plano sólido para alavancar candidaturas à Câmara e ao Senado.
Alegando que é preciso ter estratégias direcionadas para vencer o pleito, Lula tem evidenciado que não quer somente conquistar o Palácio do Planalto. Ele está preocupado, especialmente, com a governabilidade — seja de uma eventual vitória dele ou de uma possível reeleição de Jair Bolsonaro (PL).
Para o ex-mandatário, é necessário compor um bloco forte e incisivo, visando ampliar a agenda esquerdista no país nas cinco regiões do país — tratando de questões que são cruciais para o lulopetismo. A preocupação não gira somente em resistir ao que chamam de “bolsonarismo”, mas busca emplacar pautas progressistas a partir de 2023, independentemente de quem seja o chefe do Executivo.
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Em seus discursos, o líder petista tem falado em uma tal “lista de parlamentares” que, segundo ele, será introduzida em cada estado brasileiro. Escolhidos a dedo, os nomes da composição devem representar a esquerda em Brasília.
— Quero assumir um compromisso na nossa campanha, nos nossos atos públicos […] eu vou viajar o Brasil para conversar com o povo brasileiro. E nós vamos ter que publicar em cada comício uma lista dos deputados, dos senadores nossos naquele estado e dizer: é nessa gente que a gente tem que votar pra mudar o país — reforçou Lula na última terça-feira (3), em evento de apoio do Solidariedade.
Ao ampliar suas críticas a respeito do atual cenário político, Lula voltou a mirar em Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara dos Deputados.
— Ele já quer tirar o poder do presidente para que o poder fique na Câmara e ele aja como se fosse o imperador do Japão. Ele acha, inclusive, que pode mandar administrando o Orçamento […] mas é o governo quem decide cumprir o Orçamento aprovado pela Câmara, em função da realidade financeira do Estado brasileiro — completou.