Mesmo em ano eleitoral, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) não se manifestou contrariamente à preparação do enredo carnavalesco que homenageará o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), tampouco apontou elementos que configurem campanha antecipada. Apesar da divulgação do espetáculo há meses e da confirmação oficial do desfile, até o momento não houve qualquer proibição ou orientação por parte da Justiça Eleitoral.
A primeira-dama Rosângela Lula da Silva, a Janja, visitou na segunda-feira (6) o barracão da escola de samba Acadêmicos de Niterói, na Cidade do Samba, no Rio de Janeiro. A agremiação, que estreará no grupo especial do Carnaval carioca em 2026, levará à Marquês de Sapucaí um enredo dedicado à história do presidente Lula.
Intitulado “Do alto do mulungu surge a esperança: Lula, o operário do Brasil”, o tema percorrerá a trajetória do petista desde sua saída do agreste de Pernambuco até sua ascensão política. O enredo é desenvolvido pelo carnavalesco Tiago Martins e pelo enredista Igor Ricardo.
A composição do samba-enredo reúne nomes consagrados do universo do carnaval e da música popular brasileira, como Teresa Cristina, André Diniz, Paulo Cesar Feital, Fred Camacho, Junior Fionda, Arlindinho, Lequinho, Thiago Oliveira e Tem-tem Jr.
Autoridades presentes na visita
Além da primeira-dama, participaram da visita a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco (PT), a ministra da Ciência, Tecnologia e Inovações, Luciana Santos (PCdoB), e o secretário-executivo do Ministério da Cultura, Márcio Tavares. O carnavalesco e comentarista Milton Cunha também acompanhou o encontro.
Em publicação nas redes sociais, Janja afirmou que o “Carnaval é muito mais que festa, é símbolo da identidade cultural do Brasil, da criatividade do nosso povo e da força das tradições populares”. A primeira-dama também destacou o impacto econômico da festividade, afirmando que o evento “movimenta a economia do país, gerando milhares de empregos diretos e indiretos, fortalecendo o turismo, a cultura e a renda de milhares de famílias”.
Compromissos paralelos no Rio
No mesmo dia, Janja participou também de um evento sobre a “Década da Ciência Oceânica”, que terá conferência internacional em 2027 no Rio de Janeiro. Durante a cerimônia, defendeu a importância de ações integradas entre meio ambiente e justiça social.
Na condição de enviada especial da COP30 para Mulheres, afirmou que a preservação dos oceanos também depende da equidade de gênero. “Não há justiça climática sem justiça de gênero”, declarou.