
O presidente da Argentina, Javier Milei (La Libertad Avanza), compartilhou nesta quinta-feira (25) uma publicação do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) em que ele lê a carta escrita por seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), confirmando sua indicação como pré-candidato à Presidência da República nas eleições de 2026. O gesto do chefe do Executivo argentino foi interpretado como sinal público de apoio à movimentação sucessória no campo da direita brasileira.
Milei, que mantém relações diplomáticas institucionais com o Brasil, é crítico do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O petista não compareceu à cerimônia de posse do argentino em dezembro de 2023. Jair Bolsonaro, por outro lado, esteve presente no evento, reforçando a afinidade entre os dois líderes.
Na publicação compartilhada por Milei, Flávio Bolsonaro escreve: “Recebi com muita emoção a carta do meu pai, que carrega fé, confiança e responsabilidade. O desafio é grande, mas com sua bênção e a proteção de Deus, seguiremos no caminho certo pelo Brasil”.
O conteúdo da carta foi lido por Flávio na manhã desta quinta-feira, antes da cirurgia de Jair Bolsonaro para correção de duas hérnias inguinais. Segundo o senador, o texto foi redigido no dia 23 de dezembro, com a orientação de que fosse divulgado no dia 25.
No documento, o ex-presidente afirma que entrega ao filho a missão de disputar a Presidência como representante de seu legado político. “Diante desse cenário de injustiça e com o compromisso de não permitir que a vontade popular seja silenciada, tomo a decisão de indicar o Flávio Bolsonaro como pré-candidato à Presidência da República em 2026”, escreveu.
Bolsonaro também justificou a escolha como uma forma de “preservar a representação daqueles que confiaram em mim” e descreveu o senador como “a continuidade do caminho da prosperidade que iniciei muito antes de ser presidente”. Ao final da mensagem, o ex-presidente afirma: “Que Deus o abençoe e o capacite na liderança dessa corrente de milhões de brasileiros que honram a Deus, a pátria, a família e a liberdade”.