Política

Mulher presa no 8 de janeiro promete quebrar o silêncio e ‘contar toda a verdade’

Ana Priscila Silva de Azevedo, detida durante os protestos na Praça dos Três Poderes, expressou seu desejo de ser convocada pela Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro para “falar a verdade”.

Ana Priscila encontra-se detida há cinco meses e é acusada de supostamente ser uma das organizadoras das manifestações. A solicitação foi feita por meio de seu advogado, o Dr. Claudio Avelar.

Em vídeos divulgados na internet, Ana Priscila antecipou sua intenção de “colapsar o sistema, sitiar Brasília e tomar o poder de assalto” no dia 8 de janeiro. Ela convocou mais de 30 mil pessoas em um grupo no aplicativo Telegram para se dirigirem à capital. “A Babilônia vai cair”, declarou. Nas redes sociais, alguns internautas a acusaram de ser de esquerda, mas essas afirmações não foram confirmadas.

Segundo seu advogado, em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo publicada nesta segunda-feira (13), Ana Priscila tem sido mantida em isolamento desde sua chegada à prisão. Isso não se deve a problemas disciplinares.

manifestações - cpmi do 8 de janeiro - impeachment
Reprodução / Wikimedia Commons

“Ela está isolada desde que chegou (…) E não foi por conta de problema disciplinar. Não tem acesso a nada e ninguém, está como se fosse em uma solitária, como se fosse um castigo. Está sendo tratada como bicho, o que não está escrito na lei brasileira. Ela está sob uma condição degradante, sem banho de sol. Uma prisão de castigo, de vingança.”