O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta última terça-feira (19) que todas as suspeitas de corrupção nos governos petistas foram apuradas. A declaração foi proferida em um contexto de crítica a Jair Bolsonaro (PL), a quem acusou de ignorar as denúncias e impor sigilo de 100 anos aos atos do Executivo.
“Cada coisa que acontecia em nosso governo eu tinha orgulho de mandar investigar. […] Denúncia de corrupção só aparece quando tira o tapete da sala. Não houve nada no nosso governo que não foi apurado e sempre será assim”, disse.
Lula foi inicialmente questionado sobre como evitaria um novo escândalo do Mensalão, descoberto em 2005, após denúncia do então deputado Roberto Jefferson (PTB), no primeiro ano de gestão do PT, em que o governo comprava votos de congressistas por meio de verbas de fundos de pensão.
“Tem coisa que acontece na sala da sua casa, você está na sua cozinha, conversando com seu marido, e você não sabe o que está acontecendo na sala. Está cheio de exemplos. Criança no quarto fazendo coisa que o pai nem sabe. Está cheio de mulher que é violentada, que apanha e o vizinho parede a parede não sabe”, justificou.
Segundo ele, as administrações de esquerda criaram diversos instrumentos de combate à corrupção, como a Lei de Acesso à Informação (LAI) e a Lei da Delação Premiada.
“Você só sabe de determinadas coisas quando alguém denuncia, alguém pega ou grita. O cara que faz o mal não conta para você. […] Só tem um jeito de não ser punido, é investigar. É ser honesto”, acrescentou.