EM MEIO À GUERRA

Trump sinaliza para que Zelensky desista da Crimeia e não ingresse na Otan

Declaração foi feita na véspera de encontro com líderes europeus na Casa Branca; presidente norte-americano defende que medidas acelerariam acordo de paz com a Rússia.

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Foto: WHOP

Na véspera de receber o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, e outros líderes europeus em Washington, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou no domingo (17) que a Ucrânia deveria desistir da Crimeia e abrir mão do ingresso na Otan para encerrar a guerra.

Em publicação na Truth Social, Trump declarou que Zelensky poderia “encerrar o conflito quase imediatamente” se aceitasse as condições, mas que a escolha de continuar a luta também estaria em suas mãos. O republicano destacou que a anexação da Crimeia ocorreu em 2014, durante o governo de Barack Obama, sem resistência, e que “algumas coisas nunca mudam”.

Na última sexta-feira (15), Trump se reuniu com o presidente russo Vladimir Putin. Ambos classificaram a conversa como produtiva. Já nesta segunda-feira (18), Trump terá um encontro na Casa Branca com Zelensky, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, o secretário-geral da Otan, Mark Rutte, e os chefes de governo do Reino Unido, Alemanha e Itália, além dos presidentes da França e da Finlândia.

Em nova mensagem nas redes sociais, Trump externou que nunca havia recebido tantos líderes europeus simultaneamente. A expectativa é que a reunião trate da proposta de um acordo de paz, que pode incluir, segundo ambos os lados, uma futura rodada de conversas com a participação direta de Putin.

De acordo com o Kremlin, o presidente russo pediu que Ucrânia e aliados evitem “provocações e intrigas nos bastidores”, sob argumento de preservar o “progresso emergente” nas negociações.