Convidado pela Comissão de Educação do Senado para prestar esclarecimentos sobre erros em resultados do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2019, o ministro da Educação, Abraham Weintraub, rebateu as críticas que vem recebendo da oposição ao governo federal.
Em determinado momento, Abraham citou, sem citar nomes, o caso envolvendo a deputada federal Tabata Amaral (PDT-SP).
“As pessoas que me criticam, justamente estão envolvidas em contratação de namorado com dinheiro de campanha”, disse.
E completou: “Acho muito suspeito. Não têm experiência do mundo”.
Entenda o caso
Em julho do ano passado, segundo a revista Veja, deputada federal Tabata Amaral (SP) teria usado R$ 23 mil do fundo partidário para contratar seu namorado, o colombiano Daniel Alejandro Martínez, durante a campanha eleitoral.
Martínez teria recebido o valor para prestar serviços de análise estratégica e atendimento a eleitores, durante 50 dias.
A Veja ainda disse que as informações sobre o pagamento foram extraídas do site do Tribunal Superior Eleitoral.
Martínez, segundo a revista, teria trabalhado num escritório de coworking, em São Paulo, das 9h às 18h, sendo a quarta pessoa física que mais faturou durante campanha da pedetista.
A Veja também consultou o advogado eleitoral Fernando Neisser, que a analisou o caso. Segundo ele, empregar parceiros, pessoas próximas e familiares não configura crime durante a campanha.
Contudo, Neisser fez questão de enfatizar que, após ser eleito, o ato é ilegal.
Por fim, a Veja disse que não é possível confirmar irregularidade, mas pontuou que os serviços prestados pelo namorado de Tabata “não podem ser checados e não foram esclarecidos pela deputada”.