O presidente Jair Bolsonaro afirmou ser favorável às candidaturas avulsas, que devem ser votadas ainda no primeiro semestre de 2020.
Segundo ele, as candidaturas avulsas podem beneficiar candidatos que não possuem vínculo ideológico com os partidos e que almejam ocupar cargos eletivos sem se comprometer com grandes organizações políticas.
“Se eu pudesse interferir, votaria favorável sobre o assunto”, disse.
Ele citou os Estados Unidos como referência.
“É assim nos Estados Unidos. Não sei quantos partidos temos, talvez uns 30, mas vamos supor, um ou dois partidos com grande poder econômico e influência orientam os outros ‘não indica ninguém’. Os outros partidos não teriam escolha. A opção estaria servida na mesa. Essa forma [de combinar os candidatos entre os grandes partidos] piora substancialmente o que temos hoje. Só nós [um grupo seleto] seríamos candidatos, os outros não seriam”, argumentou.
Bolsonaro citou ainda as dificuldades que teve na busca por uma legenda após a definição de que concorreria à Presidência.
“Veja a dificuldade que tive para me candidatar. No final, o partido espera alguma vantagem para si. Os grandes acertos político-partidários vêm do fundo partidário e do tempo de televisão. Foi demonstrado que dá para fazer política sem o fundo partidário”, disse.
O presidente ainda disse que não descarta a possibilidade de se lançar numa eventual candidatura avulsa no futuro, diante da dificuldade de formação do próprio partido.
“Se não passar, para mim tanto faz. Agora temos que discutir como seria a candidatura de deputados e senadores, porque se forem avulsas também, para mim seria ótimo. Se eu saísse como candidato sem partido, seria excepcional. Eu tentei fazer isso nas eleições [de 2018] e não consegui. Procurei diversas lideranças, mas não deu liga”, disse.
De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o Brasil conta com 33 partidos políticos homologados.